segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO – SOCIOLOGIA – 2°s ANO A e B – 3° BIMESTRE


ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO – SOCIOLOGIA – 2°s ANO A e B – 3° BIMESTRE

NOME:_______________________________________________________ n°______ - 2°____  - ____/9/2014
 TEXTO 1
O trabalho na Antiguidade estava associado a esforço físico, cansaço e penalização. A origem da palavra, no latim vulgar, associa trabalho/tripalium a um instrumento de tortura feito de três varas cruzadas ao qual os réus eram presos. O trabalho representava uma atividade indigna, reservada aos escravos. Aos que viviam livremente, a subsistência vinha da coleta de frutos, da caça e outras atividades; o tempo do trabalho era o da natureza – dia ou noite, com sol ou chuva.
[...] Na era moderna, o trabalho teve o seu significado transformado, passou de atividade desprezada à condição de expressão da própria humanidade, fonte de produtividade e riqueza. Com as mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais, no século XX, a ideia do trabalho firmou-se como uma atividade valorizada.
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2011. p. 51-52. <www.editoracontexto.com.br>.


TEXTO 2
O trabalho livre sucedeu historicamente a outras formas de trabalho, como a escravidão e a servidão. Na Grécia Antiga, o trabalho era uma atividade exercida pelos escravos. Na Idade Média, as pessoas trabalhavam nos campos, ligadas a um senhor feudal, ou moravam nos burgos e eram artesãos. Em todos esses momentos da história, as pessoas executavam algum trabalho, mas não tinham emprego. O emprego só se disseminou com o capitalismo, quando o trabalhador passou a vender a sua força de trabalho (física ou mental) em troca de um salário. Ao conseguir o emprego, o trabalhador assina um contrato de trabalho que especifica suas funções. Ao contrário do que ocorria na Antiguidade, em que os escravos eram uma propriedade, e na Idade Média, em que os trabalhadores eram servos presos à terra do senhor feudal, no capitalismo os trabalhadores são “livres” para procurar outras condições de trabalho em um novo emprego.

A PARTIR DA LEITURA DOS DOIS TEXTOS SOBRE O SIGNIFICADO DE TRABALHO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO:
A - Relacionando os diferentes significados para o termo trabalho com os diferentes momentos históricos:
ESCOLHA APENAS UMA ALTERNATIVA, A QUE FOR MAIS CORRETA:
1) A ideia de trabalho começa a ter seu conceito modificado:
( ) na idade moderna;
( ) no período atual;
( ) na idade antiga;
( ) na idade média;

2) A ideia de trabalho como sentido de valorização, começa a ocorrer:
( ) na idade moderna;
( ) no período atual;
( ) na idade antiga;
( ) na idade média;

3) A ideia de trabalho como sentido de desvalorização, começa a ocorrer:
( ) na idade moderna;
( ) no período atual;
( ) na idade antiga;
( ) na idade média;

4) O trabalho era exercido exclusivamente por escravos:
 ( ) na idade moderna;
( ) no período atual;
( ) na idade antiga;
( ) na idade média;

5) O trabalho era controlado por um senhor dono da terra:
( ) na idade moderna;
( ) no período atual;
( ) na idade antiga;
( ) na idade média;

B – Percebendo o processo de mudanças da ideia pejorativa de trabalho, passando pela valorização e mudando para a ideia de emprego:

COMPLETE AS LACUNAS DAS FRASES ABAIXO, ESCOLHENDO UMA DAS PALAVRAS ENTRE PARENTESES, QUE MANTENHA OS  SENTIDOS DESCRITOS NOS DOIS TEXTOS:

6) Os 2 textos discutem o significado de trabalho enquanto atividade _________________; (humana/animal)

7) O trabalho passou a ser entendido como emprego com o _____________________;(feudalismo/capitalismo)

8) Na Antiguidade, o trabalho era considerado indignos pelos ________________;(escravos/homens livres)

9) No capitalismo é a ___________________ que distingue trabalho de emprego; (valorização/indignação)

10) No capitalismo o trabalhador só consegue ___________________ (emprego/trabalho) depois de assinar um contrato de ________________________;(emprego/trabalho)


segunda-feira, 31 de março de 2014

ATIVIDADE RECUPERAÇÃO SOCIOLOGIA - 1° BIMESTRE - 2°s A e B


REFLEXÕES SOBRE O TERMO CULTURA

Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Em Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “agricultura” (significado que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos)

 Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cultura – se aproxima mais desta definição).

Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita” e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.

Principais conceitos

Diversos sentidos da palavra variam consoante a aplicação em determinado ramo do conhecimento humano.

Ciências sociais - Do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade. Essa definição geral pode sofrer mudanças de acordo com a perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão. De acordo com Ralph Linton, “como termo geral, cultura significa a herança social e total da Humanidade; como termo específico, uma cultura significa determinada variante da herança social. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande número de culturas, cada uma das quais é característica de um certo grupo de indivíduos”. Enquanto a definição de Tylor é muito genérica, podendo causar confusão quando se propõe uma reflexão mais aprofundada do que é cultura, outras definições são mais restritivas. Os autores debatem se o termo se refere mais corretamente a ideias (Boas, Malinowski, Linton), comportamentos (Kroeber) ou simbolização de comportamento, incluindo a cultura material (L. White). Vale lembrar que, em algumas concepções de cultura, o comportamento é apenas biológico, sendo a cultura a forma como esse conjunto de fatores biológicos se apresentam nas sociedades humanas. Em outras concepções (como onde cultura é entendida como conjunto de ideias), cultura exclui os registros materiais dos homens como tais da classificação (ex. um sofá ou uma mesa não seriam “cultura”) – posição fortemente criticada por White.

Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural. Por seu turno, em biologia uma cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos, etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como "alta cultura", e é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.

Antropologia - esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.

O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.

A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.

Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.

Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados.

MUDANÇA CULTURAL

A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades.

Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar.

A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis.

A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito.

O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.

EE PROFESSOR ALBERTO CONTE

 – ATIVIDADE RECUPERAÇÃO 1° BIMESTRE - SOCIOLOGIA 2°s A e B

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO PARA ENTREGAR

A PARTIR  DA LEITURA DO TEXTO ACIMA SOBRE CULTURA RESPONDA:

1) QUAIS OS SIGNIFICADOS DE CULTURA:

a) do latim?

b) Para Edward B. Tylor?

c) Em Roma?

d) É associada a que outras formas de manifestações?

e) Com que outras noções ela é confundida?

f) Quais os dois tipos de cultura estabelecidos por Matthew Arnold? E, segundo ele, qual desses dois tipos é mais importante e qual é menos importante?

g) Para Ralph Linton?

2) Várias ciências das Humanidades discutem e definem cultura de forma diferente:

a) Qual o significado de cultura para ciências sociais?

b) Qual o significado de cultura para a filosofia?

c) Qual o significado de cultura para a    antropologia?

d) Qual o significado de cultura para a Biologia?

e) Qual o significado de cultura para a Etnologia?

f) Qual o significado de cultura quando se leva se exclui os objetos produzidos pelo homem?

g) Levando em consideração o dia a dia, como a filosofia explica a cultura?

h) Por que a Filosofia afirma que a palavra cultura não pode ser usada no plural?

i) Para a Antropologia o que significa mecanismo adaptativo?

j) O que acontece com o homem quando ele rejeita a evolução biológica?

 

3) A cultura enquanto movimento dinâmico provoca mudanças nas diferentes sociedades:

a) Quais os dois mecanismo básicos permitem a mudança cultural?

b) Qual a importância da resistência para a mudança cultural?

c) Qual a importância dos ambientes para as mudanças culturais?

 

 

 

 

 

 
A

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

AS CARACTERÍSTICAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA

A cultura brasileira é uma síntese da influência dos vários povos e etnias que formaram o povo brasileiro. Representa um mosaico de diferentes culturas que formam, juntas, a cultura do Brasil. Naturalmente, após mais de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa que compõe a unidade do Brasil: apesar do povo brasileiro ser um mosaico étnico, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, são cristãos, com largo predomínio de católicos.


Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana. No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.

O substrato básico da cultura brasileira formou-se durante os séculos de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas dos indígenas, dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos trazidos da África subsahariana. A partir do século XIX, a imigração de outros europeus, que não portugueses e povos de outras culturas, como árabes e asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também foi grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como a França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo.
OS PORTUGUESES

Cavalhadas de Pirenópolis (Pirenópolis/Goiás) de origem portuguesa - Mascarados durante a execução do Hino do Divino.


Durante 322 anos o território foi colonizado por Portugal, o que implicou a transplantação tanto de pessoas quanto da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões: o carnaval, festas juninas e vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda. Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses: - a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses, a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva. Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga. A cultura portuguesa foi responsável pela introdução no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos europeus: renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo.
OS INDÍGENAS

Indígena brasileiro, representando sua rica arte plumária e de pintura corporal.

A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e escravidão. A cultura indígena foi também parcialmente eliminada pela ação da catequese e intensa miscigenação com outras etnias. Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e conseguem manter parte da sua cultura original.


Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a língua. O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral, nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc.), além de serem muito frequentes na toponímia por todo o território. A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, povoado de seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí, a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena. Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora, principalmente em porções da Região Norte do Brasil.
OS AFRICANOS

 Capoeira, a arte-marcial afro-brasileira


A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.

Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.

A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.

Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.
OS IMIGRANTES

O imigrante germânico e suas tradições: Oktoberfest em Igrejinha.


A maior parte da população brasileira no século XIX era composta por negros e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra escrava mas também para "branquear" a população e cultura brasileiras, foi incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os séculos XIX e XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil, foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a faixa de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a maior parte na região de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se fixaram primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram influências germânicas desses colonos.

Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional, vivendo em pequenas propriedades familiares (sobretudo alemães e italianos), conseguiram manter seus costumes do país de origem, criando no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa. Alguns povoados, fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança cultural do país de origem. A contribuição asiática veio com a imigração japonesa, porém de forma mais limitada.

De maneira geral, as vagas de imigração europeia e de outras regiões do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil. Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões, especialmente no sul do território. Nas artes eruditas a influência europeia imigrante foi fundamental, através da chegada de imigrantes capacitados em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras artes.


ATIVIDADE NO CADERNO ESTUDO DE TEXTO



1 LEIA o texto, PROCURE O SIFNIFICADO das palavras grifadas num dicionário e TRANSCREVA para o CADERNO as frases correspondentes à essas palavras grifadas usando os sinônimos encontrados!





ATIVIDADE PARA REFLEXÃO - ENTREGAR (usar folha de sulfite)

2 RELEIA o texto e RESPONDA:
Quais as três etnias que influenciaram a cultura brasileira, principalmente no período da colonização entre os séculos XVI e XIX e qual delas exerceu maior influência?
 R = indígena, africana e portutuguesa/ foi a poirtuguesa
Apesar da diversidade da cultura brasileira, quais os dois fatores que são comuns nessa diversidade?
R = a língua portuguesa e a religião católica
Quais os grupos étnicos que deixaram influências na cultura nacional e quais as suas contribuições nas regiões Norte, Nordeste e Sul?
R = NORTE - têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do NORDESTE têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana. No SUL do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.
Quais os centros culturais estrangeiros que também adicionaram novas características à paisagem cultural brasileira a partir do século XIX?
R = França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo.
Os africanos escravizados no Brasil se originam de diferentes povos. Quais são esses povos?
R = bantos, nagôs, jejes, cujas,  hauçás e malês,
Com quais objetivos a imigração europeia para o Brasil foi estimulada nos séculos XIX/XX?
R = Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra escrava mas também para "branquear" a população e cultura brasileiras,


3 No verso da folha de sulfite, FAÇA um QUADRO SINÓTICO (quadro comparativo) como o modelo abaixo com as influências trazidas por indígenas, portugueses e africanos em diferentes áreas da cultura brasileira Pesquise no texto e em outras fonte (livros, internet, etc.):



língua

culinária

música

folclore

religiosidade

Indígenas






Portugueses






Africanos






Italianos






Alemães






terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PARA OS 2°s A e B/2014


O BRASIL NA ÚLTIMA DECADA DO SÉCULO XX

Desde de 1990 que o sistema capitalista vivia um novo processo de reorganização da economia mundial que ficou conhecido como Globalização. Um dos aspectos significativos desse processo, foi a ocorrência de uma revolução tecnológica na área de comunicação (telefonia fixa e celular, internet, televisão, satélites artificiais) e na área da informática (computadores pessoais e programas de fácil acesso) que facilitou e intensificou as possibilidades de comunicação entre empresas e pessoas, garantindo empregos, negócios e amizades de caráter interplanetário.

Toda essa modernização tecnológica só vai começar a aparecer no Brasil no final da década de 1990, marcando o início de um novo período histórico que ficou conhecido como Nova República, iniciado em 1985 com o “Movimento Diretas Já” e que marcou o fim da Ditadura Militar (1964/1984).

Nessa Nova república iniciada em 1985 e que dura até hoje, o Brasil iniciou um processo de redemocratização e reorganização econômica e social. Um dos marcos (acontecimentos) dessa redemocratização foi a promulgação de uma nova Constituição em 1988, garantindo os princípios democráticos mais elementares, como a liberdade de trabalho, de  expressão do pensamento, da locomoção por todo o país, eleições livres, a participação nos partidos políticos, o livre acesso a qualquer religião, o acesso à educação, à assistência, à saúde, à previdência social, ao lazer e à segurança pública.

A primeira experiência do povo com essas amplas liberdades foi participar das primeiras eleições para eleger um novo Presidente da República em 1989, elegendo Fernando Collor de Mello. Mas essa primeira experiência trouxe também a primeira decepção e a primeira crise política desse novo período. Em 1992, o Presidente Collor foi cassado e sofrendo o Impeachment por envolvimento num esquema de corrupção organizado pelo seu tesoureiro na campanha eleitoral Paulo Cesar Farias.

Em relação à situação econômica, o Brasil herdou dos militares um pais com altos índices de inflação e desemprego, sem crescimento econômico. Desde de 1985 que as tentativas de solução para esses problemas econômicos através propostas planificadas (Plano Cruzado-1986, Plano Bresser-1987, Plano Verão-1988 e Plano Collor-1990) haviam frustrado o povo, porque não resolveram nada. Em 1994, o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso apresentou o uma proposta estruturante e definitiva que dura até hoje e que foi chamado de Plano Real: - estabilizou a economia, abaixou a inflação, renegociou as dívidas interna e externa, adaptando o Brasil para o mundo globalizado.

Essa adaptação vai ocorrer de fato nos dois mandatos de Presidente do Fernando Henrique Cardoso (FHC) – 1994/1998/2002. As principais medidas adotadas pelo governo FHC, foram: - a privatização (venda) das empresas estatais (do governo) dos setores de telecomunicações, energia elétrica, siderurgia, mineração e petroquímica e passou a ser apenas um fiscalizador dessas empresas através da criação de Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL e ANP); - abriu a economia nacional para as empresas estrangeiras facilitando a entrada de seus produtos no mercado brasileiro, uma verdadeira invasão de produtos chineses, japoneses, indonésio, europeus, norte-americanos; - crescimento da economia informal;

Na área social ocorreu uma tímida mudança: na educação reduziu de 18,3 para 12,8% o índice de analfabetismo; reduziu a taxa de mortalidade infantil de 36,5/1000 mortes para 29,6/1000; - os baixos salários e as políticas de baixos índices de reajuste salarial, provocaram centenas de greves em quase todos setores da economia, de metalúrgico a profissionais de transportes e dos serviços públicos, principalmente da saúde e da educação.

 

ATIVIDADE PARA ENTREGAR

REFLITA SOBRE AS CONDIÇÕES HISTÓRICAS DO MUNDO E DO BRASIL NA ÉPOCA EM VOCE NASCEU, LENDO O TEXTO E RESPONDENDO:

1 – No final do século XX (1990) o sistema capitalista passou a viver uma nova fase chamada globalização. O que foi essa globalização?
R - um novo processo de reorganização da economia mundial
2 -  Essa globalização foi impulsionada por uma revolução tecnológica. Quais setores essa revolução atingiu?
R - na área de comunicação (telefonia fixa e celular, internet, televisão, satélites artificiais) e na área da informática (computadores pessoais e programas de fácil acesso)
3 -  Que consequências essa revolução tecnológica provocou?
R - facilitou e intensificou as possibilidades de comunicação entre empresas e pessoas, garantindo empregos, negócios e amizades de caráter interplanetário.
4 – O Brasil entrou nessa era da Globalização vivenciando uma mudança importante na sua história:
a) Qual o nome dado ao período anterior à globalização?
R - Ditadura Militar (1964/1984).
b) Qual o nome dado ao período histórico atual do Brasil?
R - Nova República
5 – Quais as mudanças políticas ocorridas no Brasil a partir de 1985?
R - iniciou um processo de redemocratização,  promulgação de uma nova Constituição em 1988, garantindo os princípios democráticos mais elementares.
6 – Quais as mudanças econômicas ocorridas no Brasil a partir de 1985?
R - propostas planificadas (Plano Cruzado-1986, Plano Bresser-1987, Plano Verão-1988 e Plano Collor-1990),  que não resolveram os problemas herdados da ditadura e o Plano Real:-1994, que finalmente  estabilizou a economia, abaixou a inflação, renegociou as dívidas interna e externa, adaptando o Brasil para o mundo globalizado.
7 – Quais as consequências sócias dessas mudanças políticas e econômicas?
R - ocorreu uma tímida mudança: na educação reduziu de 18,3 para 12,8% o índice de analfabetismo; reduziu a taxa de mortalidade infantil de 36,5/1000 mortes para 29,6/1000; - os baixos salários e as políticas de baixos índices de reajuste salarial, provocaram centenas de greves em quase todos setores da economia, de metalúrgico a profissionais de transportes e dos serviços públicos, principalmente da saúde e da educação.
8 – Quais as mudanças adotadas por FHC e qual a sua importância em relação a Globalização?
R - a privatização (venda) das empresas estatais (do governo) dos setores de telecomunicações, energia elétrica, siderurgia, mineração e petroquímica e passou a ser apenas um fiscalizador dessas empresas através da criação de Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL e ANP); - abriu a economia nacional para as empresas estrangeiras facilitando a entrada de seus produtos no mercado brasileiro.